Com a diminuição do número de casos da Covid-19 no Rio Grande do Norte, um novo fluxo assistencial e orientações gerais para atendimento de pacientes obstétricas nos hospitais municipais, estaduais e federais do Estado passará a ser utilizado. A normatização do fluxo e redefinição das regras estão disponíveis na Nota Técnica nº 15/2020, da Secretaria de Estado da Saúde Pública, e foi pactuada a partir de debates entre a pasta, a Maternidade Escola Januário Cicco (Mejec), o Comitê Materno Infantil do Estado e a Justiça Federal.

Desde o final do mês de março, a única maternidade de referência para gestantes de alto risco com suspeita de Covid-19, nas regiões Metropolitana (RM), Agreste, Mato Grande, Seridó e Potengi/Trairi, era a do Hospital José Pedro Bezerra (Santa Catarina). A unidade também continuava a atender grávidas não Covid da zona Norte de Natal e de toda a RM. Já a Maternidade Almeida Castro, localizada em Mossoró, recebia pacientes de alto risco da região oeste acometidas com o novo coronavírus. Atendimentos de risco habitual em puérperas com suspeita ou confirmadas com a doença eram realizados nas demais maternidades do Estado.

Serão retomadas as disposições de referência obstétrica – seguindo a Portaria 1561, de 15 de agosto de 2019 – e cada unidade, dentro de sua complexidade (risco habitual ou alto risco), será responsável pelos casos de gestantes com Sars-Cov-2 de seu território e região de saúde pela qual é referência, exceto gestantes de risco habitual do Seridó que terão como referência Covid-19 o Hospital Universitário Ana Bezerra.

“A pandemia exigiu e continua a exigir que nos adaptemos para que possamos oferecer uma assistência segura às gestantes do nosso Estado. No início da epidemia aqui no Estado nos preparamos e o Hospital José Pedro Bezerra ficou responsável por atender aquelas pacientes que corriam risco e estavam suspeitas ou confirmadas com o vírus, todos dessa unidade estão de parabéns pelo esforço e grandiosidade com que atuaram”, destaca o secretário de Saúde, Cipriano Maia.

Assim, a partir da sexta-feira (4), a usuária com quadro sintomático respiratório seja leve ou com sinais de gravidade, com quadro de alto risco na gestação, e que necessita de atendimento obstétrico, continuará a ser encaminhada para o Hospital José Pedro Bezerra, desde que resida na Região do Mato Grande, na zona Norte de Natal, em Extremoz, em Macaíba ou em São Gonçalo do Amarante; já a Mejec passará a atender casos que venham do Agreste, do Seridó, Potengi/Trairi, e das zonas Sul, Leste e Oeste de Natal, além de Parnamirim; e a Maternidade Almeida Castro, continuará a oferecer a assistência no Oeste potiguar (2ª, 6ª e 8ª regiões de saúde).

De acordo com Cipriano Maia, com a nota técnica será possível nortear municípios e hospitais municipais, regionais e federais dentro da Rede Cegonha para o atendimento ao novo coronavírus. “Identificamos a necessidade de atualização do fluxo assistencial a partir da retomada das atividades dos serviços e da revisão das orientações de acesso à rede materno infantil. O documento é essencial e demonstra mais uma vez a forma articulada que a Rede de Urgência e Emergência e a Rede Atenção Materno Infantil vem atuando”, ressaltou o secretário.

 

Texto: Sesap/Assecom