Neste sábado (24), acontece o dia “D” da Campanha de Vacinação Antirrábica no Rio Grande do Norte, e a expectativa da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) é que durante o dia de mobilização uma maior quantidade de animais, entre cães e gatos, sejam vacinados em todo estado. A meta é que, até o final da campanha, em 20 de novembro, cerca de 80% do total de 748.671 animais, sendo 536.807 cães e 211.864 gatos, no Rio Grande do Norte, recebam a vacina antirrábica.

No dia “D” acontece a mobilização voltada para os municípios que considerem extremamente necessária a realização deste momento, levando em consideração o cenário epidemiológico e a taxa de transmissibilidade do novo Coronavírus (Covid-19). Para isso, a Sesap, por meio Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (SUVAM), divulgou, no início da campanha, a Nota Técnica N°01/2020 com as orientações voltadas aos municípios para a realização da campanha, tomando os cuidados necessários para evitar aglomerações, o contágio e a disseminação da Covid-19, a fim de alcançar uma cobertura vacinal razoável e segura que previna um surto de raiva no RN.

Nesse sentido, cada município deve adotar estratégias de vacinação para que não haja aglomerações, bem como, seguir as recomendações, dentre as quais: escolher locais arejados e ventilados para vacinar os animais, de preferência ao ar livre; trabalhar a área, de acordo com a realidade local, para a não formação de filas e manutenção do distanciamento entre os tutores dos animais, caso ocorra; e, disponibilizar aos vacinadores luvas, máscara, protetor facial, álcool 70% e ponto com água e sabão para higienização frequente das mãos.

Além disso, as pessoas devem buscar se informar com o município no qual residem onde estão localizados os postos de vacinação e qual será o horário de funcionamento para evitar aglomerações. A expectativa da Sesap é que somente os municípios maiores e todos que compõem a região metropolitana realizem o dia “D”.

Estão aptos a receber a vacina cães e gatos partir dos três meses de idade. Os animais doentes não devem ser vacinados. Posteriormente, com uma melhora no quadro de saúde, as pessoas devem procurar a secretaria de saúde de seu município para vacinar seus animais.

Neste ano, no Brasil, já foram registrados dois casos de raiva humana, no Rio de Janeiro e na Paraíba, transmitidos por morcego e raposa, respectivamente. Segundo Cintia Higashi, bióloga e especialista em saúde ambiental da SUVAM, “vivemos uma situação epidemiológica preocupante no estado quanto aos casos de raiva silvestre. Em 2020, já foram registrados 58 animais positivos, sendo 55 morcegos e 3 raposas”. Em 2018, o Rio Grande do Norte registrou 45 casos de raiva animal, e, 95 em 2019.

Vale salientar que, a raiva é doença grave e 100% letal, tanto para o homem como para os animais, e umas das principais formas de prevenção é vacinação de cães e gatos. “Quando doentes morcegos e raposas podem entrar em contato com cães e gatos e acabar provocando a doença nos animais e destes para no homem. Por isso, é extramente necessária vacinar o animal doméstico”, orienta Cintia Higashi.

Desde o início da campanha, em 19 de agosto, o estado já vacinou cerca 47% de cães e gatos, o que corresponde aproximadamente a 355 mil animais.

Para mais informações, confira a nota técnica.